Morro de medo da sociedade

Morro de medo da sociedade, desde criança, fui criado com muita dedicação pelos meus pais e familiares, tudo que podiam dentro de suas possibilidades fizeram e ainda fazem por mim, porem algo era diferente de hoje, a sociedade sempre importou muito a eles, o nome era algo que deveria ser limpo sempre, como tudo evolui, hoje as pessoas não pensam assim, mas eu carrego dentro de mim muito do que os meus pais são e do que me fizeram ser.
Sempre tive medo de Deus, pois, alguém sempre me dizia que Deus era um castigador, usavam a figura de Deus para corrigir nossos erros, então vim a aprender mais tarde que Deus leva a culpa de muita coisa, coisas essas que os homens não sabem responder colocam a culpa no criador, as pessoas sempre usaram e abusaram das figuras divinas, o que nos causaram medo, por muito tempo agora já estamos nos familiarizando com elas.
Ser pessoa é difícil demais quando estamos sendo observados por outras pessoas ficamos imaginando o que elas estão pensando, nos julgando com o olhar, sem palavras, isso pode nos causar medo, estranheza e pânico. Os bens matérias pode fazer de alguns superiores, pelo menos e o que eles pensam, mas nada disso e verdade, qualquer coisa pode ser verdade ou não se damos importância a elas. Gosto de ficar imaginando o mundo se o pudéssemos vê-lo de maneira diferente, se tudo fosse simples e objetivo.
O medo talvez seja algo necessário para sobrevivermos, pois senão nos sentiríamos com semi deuses, pessoas a frente de outras que sabem ver seus sonhos ou que os menosprezam. A sociedade retrata o mais intimo do nosso ser, que vai se misturando com os eus depredados por sonhos obscuros ou simplesmente pelo medo de ser feliz. Quando enxergamos a felicidade no rosto das outras pessoas isso causa uma certa inveja, mas o medo nos impede de correr atrás da verdadeira essência que é colocar pra fora o que já nasceu com agente a vontade de ser quem somos realmente, a felicidade que não depende de bens materiais.
Quando criança imaginamos o mundo com olhos de criança, com os pensamentos de criança e com os sentimentos de criança, depois tudo vai se misturando as mesquinhez dos homens, da sociedade e dos interesses sociais, o que não era importante passa a ser e o que é verdadeiro deixa de ter sentido, as pequenas coisas evaporam para dar lugar ao brilhantismo das grandes realizações que encantam os olhos dos homens, porem faz mau ao coração. Crescer não quer dizer abandonar a beleza da simplicidade, não deixar a fantasia de criança para se tonar um idiota adulto.
Prefiro acredita que a sociedade seja mesmo hipócrita, pois assim terei o direito de ver o mundo com os meus próprios olhos, de perceber as pessoas com os meus próprios sentimentos e de buscar os meus sonhos sejam eles grandes ou pequenos. Prefiro ainda acreditar em Deus como criador e não castigador dos homens ou destruidor de almas, prefiro sentir nas pequenas coisas o suave e sublime perfume da coragem que nos encaminha para descobrir a essência de todas as coisas.

Hernane Freitas