O papel insubstituível da escola na educação de nossas crianças


Você sabia que existe uma modalidade de ensino em que os alunos estudam em casa e não frequentam a escola? Pois bem, essa é uma prática educacional existente em vários países. Segundo dados da Unesco, quase dois milhões de crianças estudam dessa forma nos Estados Unidos, no Canadá, México e na Inglaterra. Ter a chance de participar ativa e definitivamente da educação dos filhos é algo muito interessante, mas a questão não é tão simples assim.

No Brasil, por exemplo, a maioria da população possui um nível educacional preocupante, portanto, não seria sensato permitir que pais despreparados sejam os únicos responsáveis pela educação de seus filhos.

Além do mais, a convivência com outras crianças é indispensável no processo de desenvolvimento intelectual do indivíduo, pois é se relacionando com outras pessoas que ele adquire valores como respeito ao próximo, ética e amizade...enfim, é a escola que, primeiramente, insere a criança na sociedade.

É óbvio que não podemos deixar de lembrar que a escola também possui o papel de fiscalizadora da vida familiar da criança, sendo responsável por observá-la na tentativa de verificar se a criança é bem tratada por seus familiares em casa, assegurando-lhe os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Após analisar seriamente a questão, conclui-se que a legalização do ensino domiciliar é desaconselhável, seria apenas mais uma forma de descaso dos governantes com a formação educacional de nossas crianças, principalmente em países como o Brasil, onde constata-se que o nível educacional da maioria da população é baixíssimo, e não são raros os casos de maus tratos e violência(inclusive sexual)contra as crianças em suas próprias casas.

Alan Aguiar Paulino