domingo, setembro 23, 2012

Eleições: A Caravana Circense


 

Brasil, Minas Gerais, sudoeste, interior: São  João Batista do Gloria. De quatro em quarto anos a mesma história se repete. A perturbação pública faz com que o eleitor troque seu senso de justiça e de escolha por revolta, devido á falta de sossego.

Tranquem seus portões, fechem suas janelas, escondam-se. A guerra eleitoral começou. Dois lados  buscam o voto do eleitor da maneira mais lastimável possível. A disputa fica á base de carros de som e papeis, pois na sociedade em que vivemos é assim, quem chama mais atenção, vence. È simples: é só propor o belo e o vulgar, que a tão sonhada candidatura está conquistada.

Tudo poderia ser mais simples se os candidatos parassem com suas intrigas musicais e pessoais e se colocassem frente a frente, debatendo e confrontando suas idéias e propostas para toda a população. Ai sim, saberíamos de fato em quem votar.

Enfim, enquanto o povo acha graça disso tudo e finge não ter poder sobre isto, a anarquia continua acontecendo. Cabe ao eleitor, abrir, não somente os olhos, mas a mente, e perceber que estamos como que em um circo, onde – o que é pior – saímos da platéia feito palhaços. Especialmente se consideramos que um grande numero de funcionários públicos se candidataram, não pelo interesse real em se fazer vereador e lutar pelos direitos da população, mas, ao que parece, pura e simplesmente para desfrutar de três meses de férias remuneradas, pois sendo servidor publico, precisa afastar-se dos serviços três meses antes do pleito despir a fantasia e tirar o “nariz de palhaço”, caso contrário, não há com que se preocupar, a caravana circense voltará daqui  quatro anos, trazendo novamente todas as cores vibrantes, as luzes, a festa, as inverdades.

Mas, e ai? Já escolheu qual fantasia usar para tal ocasião? Pensa!, é de graça.

 

Autor: Miguel Lucio Reis

Professora Eliziane G. Araujo

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