domingo, dezembro 02, 2012

Os loucos sabem viver



Os loucos e que sabem viver

         Ouvi dizer que os loucos são normais e que os normais  são medrosos, fiquei pensando que isso realmente procede, os loucos parecem mais felizes não sentem  vergonha e não são presos a convenções, não estão preocupados  com os comentários alheios . A vida  com certeza seria uma caixinha de surpresas, bem mais gostosa, não teríamos  medo de ser feliz, escutaríamos  risadas, gargalhadas e não choro, brincaríamos mais e teríamos menos  rugas.
         Como eu queria  deixar a loucura tomar o lugar  da seriedade, passaríamos mais tempo observando a natureza e não destruindo, curtindo  os animais, banhando nos riachos, como  seria legal a loucura, pessoas normais não vivem direito, cheias de convenções  de regras  e de horários para tudo, como eu queria dormir a sete da manhã e tomar café a meia noite, calçar chinelos no lugar de sapatos sociais apertados, ligar a TV e não ter que ver a transmissão de um acidente ao vivo, um seqüestro ou a libertação de um político corrupto, seria  muito mais interessante  andar montado  em um elefante  ou pegar carona em um avestruz do que ter que chamar o moto taxi.
         Um pouco de loucura não faz mal a ninguém, doses homeopáticas de sinceridade, lealdade, igualdade, amizade, acredito que não faria mal a ninguém, a humanidade parece estar transformada, ninguém mais acredita uns nos outros, a felicidade foi banalizada, o amor não passa de um momento de prazer ou de exibicionismo como vimos na cidade de Caldas Novas. Fico triste ao imaginar que a vida podia ser muito melhor se prestássemos mais atenção em nossas palavras e em nossos gestos, se fossemos mais loucos do que sérios ou verdadeiros, os loucos são gentis, verdadeiros e fazem o que da vontade, nos somos fingidos, comemos o que não gostamos para agradar alguém, fingimos gostar da piada sem graça e assim a humanidade caminha a cada dia mais falsificada.
         O congresso nacional seria um palco de grandes espetáculos modernos e não um palco de encenações fantasiosas, seria o espelhos dos cidadãos, mas para isso precisaríamos de um pouco mais de loucura.  O salário dos professores  ( loucos ensinadores)  daria para comprar um piano ou andar de camelo aos domingos, comprar livros, viver como qualquer outro cidadão.
         Penso que a loucura é um grande desejo de todos, mas muitos não tem coragem de assumir, essa loucura que existem dentro de cada um, penso que seria muito divertido caminhar sem olhar para trás, sem gritar palavras obscenas quando o sinal vermelho demorar um pouco mais, quando tiver que parar o carro na subida para uma criança pegar a bola, ser louco é o destino de todos nos, rir de nada, chorar se quiser e brindar um dia de sol, vamos fazer de nossa vida uma caixinha de surpresas sem com novidades, sempre que uma dose de diversão, vamos ser loucos, deixar o medo de lado e aprender a ser feliz.
        

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abraços Hernane Freitas

Cabral e as navegações portuguesas