domingo, fevereiro 24, 2013

A difícil arte de organizar o Brasil




            Parece fácil coordenar, gerir e governar o Brasil, povo ordeiro, feliz e otimista, país tropical abençoado por Deus, país de proporções continentais que teve em seu inicio polemicas e conflitos em sua historia, do descobrimento feito pelos índios, mas adotados pelos portugueses como sendo sua, Tiradentes um herói sem prestigio ou sem medalhas, mas herói  da Inconfidência, um rei doido e comedor de galinhas, sangue sugas da hospitalidade carioca.
            Terra de Getulio Vargas que colocou fim a política do café com leite, fechou o congresso, criou a Petrobras e suicidou-se para entrar para a história, terra de Jânio Quadros que proibiu o uso de biquíni, tentando colocar a moralidade em terras tupiniquins. Entre torturas e caras pintadas chega ao poder o caçador de marajás que não caçou, mas foi caçado, passando o poder ao mineirinho do pão de queijo. Talvez não seja difícil recuperar o tempo perdido quando um metalúrgico chega ao poder não como uma marolinha, mas como um vulcão adormecido a tantos anos, a civilidade  do povo brasileiro apimentada pelo carnaval e no futebol abalada pela lei seca que promete, mas não sabendo se vai ser cumprida como muitas outras leis que já foram criadas nessa terra de santa cruz.
            Chega ao senado um presidente  que já havia renunciado em tempos de festas no congresso nacional, colocando o voto  do povo em cheque sem fundo, prometendo transparência onde nem lâmpadas de led conseguem dar claridade ao breu causado  pela obscuridade de tantos sonhos abolidos em tão nobre casa.
            Terra onde o sincretismo religioso faz o povo baiano e os brasileiros chorarem a morte de seus jovens na boate Kiss em Santa Maria ou nas esquinas do Rio de Janeiro e São Paulo contrapondo  o vai e vem de carros importados e blindados  com a miséria humana do craque e da prostituição. País onde a copa do mundo e esperada e as olimpíadas  esta por chegar  e ainda nada foi feito para receber os transeuntes endinheirados, ora nos hospitais sem leitos, horas nas casas  de jogos do bicho que foi abolida  mais com a insistência do brasileiro insiste em ficar.
            Claro que não dá para esquecer-se daqueles que fantasiam a evolução do país cheia de heróis esquecidos que entre livros e números do IDEB, PROEB ou PROFA fazendo de tripas e coração para salvar a pátria amada deste povo tão gentil, quisera a Dilma pudesse ler, talvez as metas do Renan Calheiros ou os ta tas do Sarney se aventurassem em estudar em uma escola publica. Perdoem-me não poder mais escrever por que tenho que pegar minhas ultimas moedas para pagar o IPVA e ainda fazer o imposto de renda que quase ninguém faz como deveria ser feito, para não ser taxado como fraudador, alguém ainda se lembra do Nicolau?
            A ta tem ainda a lei 100 que em um país onde falta educadores, ainda levam a questão para o cara la de cima, julgar improcedente, bom chega ainda vou trabalhar mais um dia, porque talvez amanhã vou estarei desempregado, terei tempo de escrever mais um bocado, sobre a organização do Brasil.

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