sábado, julho 24, 2010

Qualidade de vida...

O termo qualidade de vida, de fato, tem sido muito utilizado ultimamente, mas não há consenso sobre sua definição.


Nesta reflexão, vamos abordar algumas questões importantes sobre este tema, embora seja sempre importante lembrar que a qualidade de vida tem algo de subjetivo, ou seja, próprio de pessoa para pessoa.

Muitos são os fatores que influenciam na qualidade de vida e os mais importantes dependem de cada um de nós, da nossa visão do ideal, da nossa herança familiar e cultural, da fase da vida em que estamos, da nossa expectativa em relação ao futuro, das nossas possibilidades, do ambiente, da visão que temos do mundo e da vida, dos nossos relacionamentos, etc.

É claro que existem certas condições básicas, como:
ter o que comer, morar, saúde, liberdade de escolha... Quando elas não existem, tornam-se prioridade número um e não há muito o que discutir.

ser humano, infelizmente, não raro vive em um constante mal-viver. Em outras palavras, pode-se afirmar que ele não tem, ou tem poucos momentos de felicidade e prazer. Isso faz com que se tenha também maior suscetibilidade às doenças.


Sobre esta questão nunca é repetitivo demais dizer que ter quantidade de vida é importante, mas é diferente de ter qualidade de vida.

A qualidade de vida do ser humano, no sentido amplo da expressão, somente é compreendida se for captada nas suas múltiplas dimensões, como a vida no trabalho, a vida familiar e a vida na sociedade, a espiritualidade, enfim, em toda a vida.

Vivemos no mesmo espaço e nossas vidas constituem-se de trocas cotidianas. Como seres sociais, queremos e precisamos do auxílio de outras pessoas no processo de construção da vida particular e grupal, etc.


E sendo a liberdade uma das características no processo felicidade/qualidade de vida, como posso ter qualidade de vida se necessito conciliar e integrar a minha vida com a vida de outras pessoas?


Leonardo Boff, falando sobre este dilema, afirma que a característica principal dessa integração é a cultura da solidariedade, que envolve:
• Valores: gratuidade, reciprocidade, cooperação, compaixão, respeito à diversidade, complementaridade, comunidade, amor.

•Princípios: autogestão, respeito à diversidade / complexidade, convivência solidária com a natureza e cuidado com o meio-ambiente, democracia, descentralização / desconcentração do poder, das riquezas, dos bens...

• No novo projeto de desenvolvimento deve haver, portanto: primazia do trabalho sobre o capital, economia a serviço do social, tecnologia que não agrave o desemprego e a poluição da natureza, etc. Nesta perspectiva, toda a qualidade individual é, de certa forma, uma qualidade coletiva.

O trabalho, na verdade, passou de uma concepção de sobrevivência, em busca de meios para satisfazer as necessidades básicas, até chegar, nos dias de hoje, como sendo vital e fundamental para todo ser humano, essencial à vida e à própria felicidade. É inegável sua importância para o ser humano, pois através dele a pessoa se sente útil à sociedade e à vida.

O trabalhador, nesse sentido, deverá ser ouvido, percebido e respeitado como ser humano e como cidadão. Desta maneira, a concepção de trabalho seria desvinculada da concepção de castigo, fardo, sacrifício e se transformaria em fator importantíssimo de felicidade.
No entanto, não é esta a racionalidade presente nas organizações e instituições. A lógica predominante é a dos negócios, sustentada pela defesa das leis do mercado.
verdade é que, considerando a máxima que “...a única coisa permanente é o constante processo de mudanças...”, precisamos estar sempre nos reposicionando e perguntando:


Estou sendo feliz no que faço (trabalho, lazer, vida familiar, etc ...)?

Meus objetivos/planos/metas ainda são válidos para as atuais condições?

Do que tenho aberto mão em função das atuais opções?

O que estou fazendo para que outras pessoas também tenham mais qualidade de vida?

O que posso fazer para ser mais feliz na diversas dimensões da vida?



Fonte : Jornal - "MISSÃO JOVEM"

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abraços Hernane Freitas

Cabral e as navegações portuguesas